Carl Jung observou em seus estudos que o maior fardo que a criança precisa levar é a "vida não vivida dos pais", ou seja "onde quer que o pai tenha ficado preso, a criança ficará semelhantemente presa e passará a vida buscando livrar-se de tal aprisionamento, elaborando um plano de tratamento inconsciente cujo propósito é suavizar a dor do fardo psíquico desse passado estanque" (James Hollis).
Esses padrões seguidos pelos filhos acabam, muitas vezes, seja pela tentativa de ruptura ou fidelidade, motivando ações enquadradas como ilícitas e criminosas.
De forma alguma se está retirando a responsabilidade do ato praticado pelo sujeito.
O que se levanta é: O Direito Penal tradicional, com sua leitura cartesiana do mundo, tem condições de colaborar para que esse cidadão consiga perceber o que o tem motivado a praticar tais atos?
Essa abordagem só é possível a partir de uma visão sistêmica das relações e dos conflitos.
A Justiça Restaurativa e o Direito Penal Sistêmico são caminhos que respeitam a história de todos, vítima, infrator e comunidade.
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